terça-feira, 5 de julho de 2011

HOMENAGEM AO MESTRE...

O técnico dos maiores velocistas paraolímpicos do país. Com a mesma serenidade e a mesma dedicação do inicio da carreira. A seriedade e o comprometimento com que cuida dos treinos de  seus atletas, Amaury Veríssimo, emprega nas aulas para deficientes visuais na academia da AJIDEVI, sua contribuição valorosa o esporte paraolímpico e quem já passou por quatro paraolimpíadas, dois Parapan- americanos, dois Campeonatos Mundiais e inúmeras competições nacionais e estaduais. E que ainda se emociona ao falar do seu trabalho.
“Não entrei no esporte paraolímpico por dinheiro. Eu via nas pessoas a ânsia de aprender, de querer fazer. Foi isso que me motivou. Quando você é professor e quer ensinar, precisa de alguém que queira aprender. Essa é a maior satisfação que o ser humano pode ter. Isso me fez seguir em frente”, diz, emocionado. “Todos os dias me orgulho do trabalho e agradeço a Deus por ter essas pessoas ao meu lado”.


Cidadão joinvillense desde 1977, como ele mesmo se define, Amaury, que é paulista de nascimento, diz que não volta mais para a cidade em que nasceu, Assis, no interior de São Paulo. “Só vou ver meus pais, meus irmãos e já volto”, diz. Até o sotaque sumiu. Pouco tempo depois de chegar a Joinville.


Tímido e reservado, Amaury fica à vontade quando está no meio dos atletas. Não esconde o carinho e uma preocupação sem tamanho. Dá carona para os treinos, muitos conselhos e broncas de vez em quando também. Sim, durante o treino não cabem brincadeiras nem conversas. “Talento sozinho não leva o atleta a conquistar medalhas. Claro que o talento é importante, mas ele precisa estar acompanhado de muito trabalho. Não existe o melhor atleta ou o melhor técnico, mas os melhores para trabalhar com alguém. A equipe precisa estar afinada”, analisa. E lamenta quando percebe um talento desperdiçado. “Às vezes, vemos pessoas com talento, mas sem determinação e que faz apenas resultados razoáveis. E isso não dá para ensinar e nem colocar na cabeça de ninguém. O técnico ajuda com o trabalho. A determinação é de cada um”. Mas Amaury pode ficar tranqüilo. Determinação parece não faltar entre os seus atuais “comandados”. Eles encaram, por exemplo, um treino puxado como uma seqüência de dez tiros de cerca de 60m em ladeira íngreme, depois de subir, correndo, um morro de 1300 metros. Sem perderem o bom humor e o carinho pelo técnico.


A retribuição de tanto trabalho vem, é claro, em forma de medalhas e recordes. Mas quem tem este técnico por perto sabe reconhecer o valor e não economiza quando o assunto é o professor. “O Amaury é um mestre. Amado, amigo, útil, responsável. Ele é indispensável. Eu nunca tive um técnico tão bom. Ele é o presente que a gente esperava e merecia”, elogia Terezinha velocista e recordista mundial.
Tamanha afinidade se deve também ao fato de Amaury ter estado, por algum tempo, do mesmo lado deles, disputando as competições. Amaury foi atleta, competiu em todas as provas do atletismo e chegou a ganhar um bronze nos Jogos Abertos e ouro nos Jogos Universitários de Santa Catarina. “Não cheguei a disputar provas nacionais, mas foi a melhor fase. Falo isso para o pessoal todo dia. Ser atleta é bom demais, eles precisam aproveitar”, lembra. A carreira não continuou pois, segundo ele, logo percebeu que não teria condições de ir longe por seu tipo físico. Como já estudava educação física, optou por ficar fora da pista. “Por ter sido atleta, ele sabe lidar com a gente e com as dificuldades e se coloca no nosso lugar sempre, na hora da vitória e na hora da derrota. A gente vê o trabalho dele em cada treino, em cada resultado. Isso mostra a pessoa maravilhosa que ele é”, derrete-se Indayanna Martins (AJIDEVI).

sábado, 2 de julho de 2011

AJIDEVI 30 ANOS - sessão solene:






Os excelentes serviços prestados a sociedade joinvilense pelas entidades Ajidevi (Associação Joinvilense de Integração dos Deficientes Visuais) e Adej (Associação dos Deficientes Físicos de Joinville) foi reconhecido pela Câmara de Vereadores. No átrio da CVJ foi realizada sessão solene para homenagear o aniversário de 30 anos da Ajidevi . A iniciativa da sessão partiu do vereador Patrício Destro, que parabenizou a Ajidevi ,A chuva e o intenso frio não impediram que o átrio da Câmara fosse tomado pelo público. A sessão iniciou com a apresentação de um vídeo institucional, produzido pela TV Câmara, relatando um pouco do dia a dia do trabalho desenvolvido nas instituições.
Onísia da Silva, presidente da Ajidevi, relembrou os fundadores da instituição e os colaboradores como agentes fundamentais para a sobrevivência da instituição nesses 30 anos. “Temos os direitos iguais. Desenvolvemos um trabalho muito importante para a sociedade”, afirma Onísia.
A jovem estudante, Talita Fernanda Silva, deficiente visual e estagiária da Câmara, prestou sua homenagem fazendo a leitura de uma mensagem no sistema Braille.