Consulta respondida por 98 escolas da cidade mostra que maioria ainda não oferece acesso adequado a alunos com deficiência
Mariana Pereira | mariana.pereira@an.com.br
Uma consulta feita pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comde), em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA), a escolas públicas e particulares de Joinville, revelou o quanto as instituições de ensino da cidade ainda precisam avançar para garantir acessibilidade a alunos com algum tipo de deficiência.
GALERIA: confira teste de acessibilidade nas escolas de Joinville
Foram enviados questionários a 226 escolas e centros de educação infantil (CEIs) e 98 instituições responderam. Destas, 87 declararam ter alunos com alguma deficiência – o número total nestes estabelecimentos é de 822 estudantes com necessidades especiais.
Para que uma escola seja considerada acessível é preciso cumprir uma série de requisitos. O levantamento mostra que, por enquanto, ainda há muito a fazer para que as escolas da cidade sejam consideradas modelo de inclusão.
Das 98 unidades que responderam à pesquisa, 30 afirmaram ter calçada seguindo as normas de acessibilidade e 35 garantem o acesso de alunos com dificuldade de mobilidade a todas as dependências da escola por meio de rampa ou elevador. A maioria ainda não tem estes equipamentos.
A pesquisa foi encaminhada ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que lançou, na semana passada, o projeto “Acessibilidade nas Escolas”. A iniciativa prevê a realização de ações educativas, com a distribuição de cartilhas e manuais, além de fiscalização, para exigir que as escolas projetem as adequações necessárias.
Para o Comde, o apoio do MPSC será essencial para fazer valer o que diz a lei. Segundo o presidente do conselho, Sérgio Luiz da Silva, um grupo tem vistoriado obras de construção de novas escolas e reformas em unidades escolares para exigir que as normas de acessibilidade sejam respeitadas.
— Quando as alterações não são realizadas pela empreiteira no decorrer da obra, depois o poder público é obrigado a ter um gasto adicional —, diz.
Quanto à pesquisa, Sérgio ressalta que o Comde pretende visitar todas as unidades para verificar se as respostas ao questionário correspondem à realidade. Sérgio informou que 51 das 98 instituições que participaram da pesquisa afirmaram ter pelo menos um banheiro adaptado.
— Mas, muitas vezes, as instalações sanitárias estão fora das normas —, diz.
Segundo ele, não é difícil encontrar rampas de acesso fora do padrão, que não oferecem ao deficiente condições de acesso independente.
— Tem rampa tão inclinada que não dá para subir sozinho —, afirma Sérgio, que é cadeirante.
A reportagem de “A Notícia” acompanhou uma vistoria a três escolas (uma estadual, uma municipal e uma particular).
Conferência começa nesta terçaA acessibilidade nas escolas de Joinville será um dos temas que serão abordados durante a 3ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que será realizada nesta terça e quarta, no auditório da Mitra Diocesana.
Durante a Conferência, serão oferecidas oficinas para incenivar o debate sobre políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência, temas abrangentes como inclusão no mercado de trabalho e reabilitação profissional, transporte e moradia para as pessoas com deficiência.
A partir destas discussões, serão elaboradas propostas que vão traçar um panorama municipal sobre a inclusão e destacarão aspectos que ainda precisam ser melhorados. Além disso, ao final do encontro, também será realizada a eleição dos delegados que vão representar o município na Conferência Estadual que serão em Florianópolis. As inscrições podem ser feitas no local.
Uma consulta feita pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comde), em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA), a escolas públicas e particulares de Joinville, revelou o quanto as instituições de ensino da cidade ainda precisam avançar para garantir acessibilidade a alunos com algum tipo de deficiência.
GALERIA: confira teste de acessibilidade nas escolas de Joinville
Foram enviados questionários a 226 escolas e centros de educação infantil (CEIs) e 98 instituições responderam. Destas, 87 declararam ter alunos com alguma deficiência – o número total nestes estabelecimentos é de 822 estudantes com necessidades especiais.
Para que uma escola seja considerada acessível é preciso cumprir uma série de requisitos. O levantamento mostra que, por enquanto, ainda há muito a fazer para que as escolas da cidade sejam consideradas modelo de inclusão.
Das 98 unidades que responderam à pesquisa, 30 afirmaram ter calçada seguindo as normas de acessibilidade e 35 garantem o acesso de alunos com dificuldade de mobilidade a todas as dependências da escola por meio de rampa ou elevador. A maioria ainda não tem estes equipamentos.
A pesquisa foi encaminhada ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que lançou, na semana passada, o projeto “Acessibilidade nas Escolas”. A iniciativa prevê a realização de ações educativas, com a distribuição de cartilhas e manuais, além de fiscalização, para exigir que as escolas projetem as adequações necessárias.
Para o Comde, o apoio do MPSC será essencial para fazer valer o que diz a lei. Segundo o presidente do conselho, Sérgio Luiz da Silva, um grupo tem vistoriado obras de construção de novas escolas e reformas em unidades escolares para exigir que as normas de acessibilidade sejam respeitadas.
— Quando as alterações não são realizadas pela empreiteira no decorrer da obra, depois o poder público é obrigado a ter um gasto adicional —, diz.
Quanto à pesquisa, Sérgio ressalta que o Comde pretende visitar todas as unidades para verificar se as respostas ao questionário correspondem à realidade. Sérgio informou que 51 das 98 instituições que participaram da pesquisa afirmaram ter pelo menos um banheiro adaptado.
— Mas, muitas vezes, as instalações sanitárias estão fora das normas —, diz.
Segundo ele, não é difícil encontrar rampas de acesso fora do padrão, que não oferecem ao deficiente condições de acesso independente.
— Tem rampa tão inclinada que não dá para subir sozinho —, afirma Sérgio, que é cadeirante.
A reportagem de “A Notícia” acompanhou uma vistoria a três escolas (uma estadual, uma municipal e uma particular).
Conferência começa nesta terçaA acessibilidade nas escolas de Joinville será um dos temas que serão abordados durante a 3ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que será realizada nesta terça e quarta, no auditório da Mitra Diocesana.
Durante a Conferência, serão oferecidas oficinas para incenivar o debate sobre políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência, temas abrangentes como inclusão no mercado de trabalho e reabilitação profissional, transporte e moradia para as pessoas com deficiência.
A partir destas discussões, serão elaboradas propostas que vão traçar um panorama municipal sobre a inclusão e destacarão aspectos que ainda precisam ser melhorados. Além disso, ao final do encontro, também será realizada a eleição dos delegados que vão representar o município na Conferência Estadual que serão em Florianópolis. As inscrições podem ser feitas no local.
- Joinville
- 29 de Maio de 2012
- Jornal A NOTÍCIA